sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Brasileiros avançam para três finais do atletismo em Londres

.31/08/2012 18h20 - Atualizado em 31/08/2012 18h36
Em dia sem pódios no atletismo, competidores brasileiros se dão bem nas eliminatórias e marcam presença em mais três finais dos Jogos Paralímpicos Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra Comente agora Em sua quarta Paralimpíada, André Andrade garantiu final dos 100m T13 (Foto: Getty Images)Veterano em Paralimpíadas, o gaúcho André Andrade, de 31 anos, lutou por uma vaga na final dos 100m T13. Quarto em sua bateria, o brasileiro avançou na competição pelo critério de tempo, ao alcançar sua melhor marca na temporada (11s22). A prova foi dominada pelo irlandês Jason Smyth, que conseguiu estabelecer o novo recorde mundial (10s54). Nas eliminatórias dos 400m T13, também nesta sexta-feira, André ficou apenas com o 11º melhor tempo (54s90) e não avançou. Na próxima semana, o gaúcho disputa os 200m e o revezamento 4x100m. Yohansson Nascimento, de 25 anos, garantiu outra final para o Brasil no atletismo. O velocista alagoano conquistou o segundo melhor tempo das eliminatórias dos 200m T46, com 22s27, e brigará pela medalha de ouro no domingo. O principal adversário do brasileiro é o cubano Raciel Gonzalez Isidoria, que cravou o melhor tempo o dia (22s09). Os outros brasileiros que competiam na prova não repetiram o desempenho de Yohansson e ficaram fora da final. Emicarlo Souza ficou em nono (23s01) e Antônio Souza não largou. O paulista Odair Santos também conquistou vaga na final, desta vez nos 1.500m T11, com o terceiro melhor tempo das eliminatórias. O atleta, que é recordista mundial da modalidade (4m04s32), cravou 4m14s95 e chega como um dos favoritos na decisão da segunda-feira. Na mesma prova, o mineiro Carlos José Silva fez sua melhor marca na temporada (4m25s36) e terminou em quarto na bateria. Mas o nono lugar na classificação geral deixou Carlos fora da final. Sem pódios nas finais As finais disputadas nesta sexta-feira não deram medalhas para os competidores brasileiros A alagoana Marivana Nóbrega, ouro no lançamento de disco e prata no arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011, ficou com a sétima colocação no lançamento de disco. A atleta, que nasceu com paralisia cerebral, alcançou a marca de 23,73m, novo recorde americano. O ouro foi para a chinesa Qing Wu, que quebrou o recorde mundial ao conseguir um lançamento de 28,01m. Esperança de pódio para o Brasil no lançamento de disco, os arremessadores Claudiney dos Santos e Vanderson Silva não conseguiram um lugar no pódio na final da categoria F57/58. No caso do mineiro Claudiney, a marca de 45,90m garantiu a quarta colocação geral e o novo recorde americano da modalidade. Vanderson, que disputa sua primeira Paralimpíada, ficou em 13º, com 35,81m. Os dois ainda terão outras chances de medalha em Londres. Dono de um ouro e um bronze do Parapan de Guadalajara, Claudiney disputa o lançamento de dardo e o arremesso de peso, que também terá a presença de Vanderson. O paulista André Oliveira ficou em oitavo lugar no salto em distância (Foto: Divulgação / CPB)O paulista André Oliveira, o Andrezão, conseguiu alcançar 6,12m na final do salto em distância F42/44 e terminou a competição com o oitavo lugar. Apesar de ter ficado longe do pódio, Andrezão conquistou sua melhor marca da temporada, logo na primeira tentativa. Com o Estádio Olímpico lotado, o alemão Markus Rehm saltou 7,35m e estabeleceu o novo recorde mundial da categoria, subindo ao lugar mais alto do pódio. Em Guadalajara, André Oliveira ficou com a medalha de ouro na modalidade. saiba mais Entenda os critérios de classificação funcional nas Paralimpíadas Conheça as modalidades disputadas nas Paralimpíadas

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Entenda os critérios de classificação funcional nas Paralimpíadas londrinas

30/08/2012 16h27 - Atualizado em 30/08/2012 16h27 Saiba como é feita a avaliação dos atletas e os significados das nomenclaturas Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra Comente agoraNas Paralimpíadas, cada esporte tem um próprio sistema de classificação funcional do atleta, realizado através de três avaliações. Primeiro é feito um exame físico para verificar exatamente de qual patologia o competidor sofre. Depois, na avaliação funcional, são realizados testes de força muscular, amplitude de movimento articular, medição de membros e coordenação motora. A última etapa é o exame técnico, que consiste na demonstração da prova em si, com o atleta usando as adaptações necessárias. São observadas a realização do movimento, a técnica utilizada, assim como as próteses e órteses. Atletas que praticam mais de um esporte recebem uma classificação para cada atividade, e os avaliadores podem rever o parecer dado durante as competições. As siglas oficializadas pelo Comitê Paralímpico Internacional fazem sempre referência ao nome da modalidade ou da deficiência em inglês, e os números indicam o grau de comprometimento de acordo com a lesão. ATLETISMO
Terezinha Guilhermina compete na T11 nos 100m e 200m (Foto: Fernando Maia / Fotocom.net)A letra “F” (de field, em inglês) é utilizada para provas de campo, como arremesso, lançamentos e saltos. A letra “T” (de track, em inglês) é utilizada para corridas de velocidade e fundo. Entenda a numeração. · 11 a 13: deficientes visuais · 20: deficientes mentais · 31 a 38: paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes) · 40: anões · 41 a 46: amputados e outros · 51 a 58: competem em cadeiras (sequelas de poliomielite, lesão medular e amputação)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Para consolidar profissionalismo, Paralimpíadas começam nesta quarta

29/08/2012 08h00 - Atualizado em 29/08/2012 10h03 Embalado pelo ‘efeito Pistorius’, movimento paralímpico projeta mudar mentalidade do público em Londres. Brasil almeja inédito sétimo lugar Por Cahê Mota Direto de Londres, Inglaterra 4 comentáriosO movimento paralímpico voltou para “casa” com a missão de dar início a uma nova era. Sessenta e quatro anos após o médico inglês Ludwig Guttman dar a partida para os esportes aos portadores de deficiência, com os Jogos de Stoke Mandeville 1948, que tinha como principal objetivo a reabilitação dos feridos na Segunda Guerra Mundial, Londres recebe, a partir desta quarta-feira, as Paralimpíadas de 2012. A cerimônia de abertura, que começa às 16h30m (de Brasília) com transmissão ao vivo do SporTV3, marca o pontapé inicial do evento que ainda tem, sim, a missão de promover a igualdade e socialização, mas que pode se consolidar definitivamente como uma competição esportiva de alto rendimento. O sul-africano Oscar Pistorius é o nome de maior relevo das Paralimpíadas de Londres (Foto: AP)Se histórias de cidadãos que vencem suas limitações ainda seguem como o carro-chefe, cada vez mais elas perdem espaço para disputas entre atletas profissionais. Em sua 14ª edição, a sétima utilizando as mesmas instalações dos Jogos Olímpicos (desde Seul-1988), as Paralimpíadas de Londres começam com a previsão de serem as mais bem sucedidas da história e com a missão de colocar a competitividade em igualdade de condições do clichê que exalta a superação. - Acredito que em Londres as pessoas não vão colocar mais o foco nas deficiências e passarão a nos ver como verdadeiros atletas. Verão nossos triunfos e nossas decepções. Realmente acredito que os Jogos de Londres podem mudar a maneira como enxergam o esporte paralímpico e, consequentemente, as pessoas com deficiência. Podemos mudar completamente a mentalidade das pessoas e estou muito animado para o impacto disso ao redor do mundo – disse o sul-africano Oscar Pistorius, o principal ícone desta mudança.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Bocha Adaptada

A estudante de direito, Nathali de Faria, de 21 anos, já se encontra na Europa onde passa a integrar a seleção brasileira de bocha adaptada nos Jogos Paraolímpicos de Londres. A santista disputará a competição na categoria BC2 (individual e equipes) e passa por um período de aclimatação junto à delegação tupiniquim na cidade de Manchester, na Inglaterra. A história da para-atleta, assim como de diversos outros na Paraolímpiadas é de superação. Ao nascer, Nathali teve falta de oxigenação no cérebro e a movimentação de suas pernas ficou comprometida. A partir daí, conheceu a Associação dos Portadores de Paralisia Cerebral de Santos (APPC), iniciando um tratamento a base de fisioterapia. “Minha filha e todos nós da família amamos a APPC, pois foi ali que recebemos auxilio, compreensão e amor. Somos eternamente gratos pelo que fizeram com minha filha”, conta emocionada a mãe, Filomena de Faria. A atleta iniciou na modalidade em 2010 e, desde então, representa a Associação Paradesportiva da Baixada Santista (APBS). Seus treinamentos são realizados no ginásio do Guaibê, em Guarujá, com a supervisão do técnico Moisés Fabrício de Souza Cruz. Nesses dois anos e meio dedicados ao esporte, Natali já participou de campeonatos nacionais e internacionais, como a Copa do Mundo, em Lisboa e a Belfast Boccia World Cup, na Irlanda do Norte. Antes de embarcar para o seu maior desafio ela deixou a seguinte mensagem: “O esporte é uma boa oportunidade para mostrarmos que ninguém é incapaz. Apesar do friozinho na barriga antes da estreia, vou lutar muito para trazer essa medalha para todos da região”, disse Nathali.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Bocha

Paraolímpicos brasileiros Paraolímpicos brasileiros vão se aclimatar em Manchester para Londres-2012 Em Londres, nesta 3ª, uma partida comemorativa lembrou os dois anos para as Paraolimpíadas-2012 O Brasil já definiu o local em que fará a aclimatação de sua delegação paraolímpica para os Jogos de Londres, em 2012. Em um acordo definido nesta segunda-feira, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) e a cidade de Manchester anunciaram oficialmente a decisão, na primeira vez que o país terá todos os esportes ficarão na mesma cidade durante o processo de adaptação. “As condições oferecidas por Manchester foram muito boas. As instalações são de altíssimo nível e tenho certeza de que poderemos oferecer o que há de melhor para nossos atletas”, disse Andrew Parsons, presidente do CPB, lembrando que Manchester recebeu a Copa do Mundo paraolímpica, em 2005. O Brasil também foi representado por Daniel Dias e Andre Brasil, nadadores que conquistaram medalhas e recordes no Mundial da Holanda, encerrado na última semana. O cronograma prevê que os brasileiros ficarão nove dias em Manchester. Eles seguirão para Londres no dia da abertura da vila paraolímpica. Em comparação com Pequim-2008, apenas atletismo e natação tiveram período de aclimatação, em Macau. “Agora vamos partir para os ajustes finos necessários para cada modalidade. Os próprios coordenadores e treinadores irão conhecer as instalações para ver possíveis novas necessidades”, explica Edílson Tubiba, diretor-técnico do comitê brasileiro. Comemoração Nesta terça-feira, atletas paraolímpicos participaram de um jogo de bocha em Londres, na Inglaterra, na comemoração dos dois anos para a realização das Paraolimpíadas, data que se comemora domingo. A Trafalgar Square foi escolhida para acolher o evento, que teve o prefeito de Londres Boris Johnson aprendendo o esporte.

sábado, 11 de agosto de 2012

O que é autismo?

Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal. O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças. Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas. Causas A causa do autismo não é conhecida. Estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica). Sintomas e diagnóstico Uma criança autista prefere estar só, não forma relações pessoais íntimas, não abraça, evita contato de olho, resiste às mudanças, é excessivamente presa a objetos familiares e repete continuamente certos atos e rituais. A criança pode começar a falar depois de outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo estranho, ou pode não conseguir - por não poder ou não querer - falar nada. Quando falamos com a criança, ela freqüentemente tem dificuldade em entender o que foi dito. Ela pode repetir as palavras que são ditas a ela (ecolalia) e inverter o uso normal de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se referir a si própria. Sintomas de autismo em uma criança levam o médico ao diagnóstico, que é feito através da observação. Embora nenhum teste específico para autismo esteja disponível, o médico pode executar certos testes para procurar outras causas de desordem cerebral. A maioria das crianças autistas tem desempenho intelectual desigual, assim, testar a inteligência não é uma tarefa simples. Pode ser necessário repetir os testes várias vezes. Crianças autistas normalmente se saem melhor nos itens de desempenho (habilidades motoras e espaciais) do que nos itens verbais durante testes padrão de Q.I. Acredita-se que aproximadamente 70 por cento das crianças com autismo têm algum grau de retardamento mental (Q.I. menor do que 70). Entre 20 e 40 por cento das crianças autistas, especialmente aquelas com um Q.I. abaixo de 50, começam a ter convulsões antes da adolescência. Algumas crianças autistas apresentam aumento dos ventrículos cerebrais que podem ser vistos na tomografia cerebral computadorizada. Em adultos com autismo, as imagens da ressonância magnética podem mostrar anormalidades cerebrais adicionais. Uma variante do autismo, às vezes chamada de desordem desenvolvimental pervasiva de início na infância ou autismo atípico, pode ter início mais tardio, até os 12 anos de idade. Assim como a criança com autismo de início precoce, a criança com autismo atípico não desenvolve relacionamentos sociais normais e freqüentemente apresenta maneirismos bizarros e padrões anormais de fala. Essas crianças também podem ter síndrome de Tourette, doença obsessivo-compulsiva ou hiperatividade. Assim, pode ser muito difícil para o médico diferenciar entre essas condições. Prognóstico e tratamento Os sintomas de autismo geralmente persistem ao longo de toda a vida. Muitos especialistas acreditam que o prognóstico é fortemente relacionado a quanto idioma utilizável a criança adquiriu até os sete anos de idade. Crianças autistas com inteligência subnormal - por exemplo, aquelas com Q.I. abaixo de 50 em testes padrão - provavelmente irão precisar de cuidado institucional em tempo integral quando adultos. Crianças autistas na faixa de Q.I. próximo ao normal ou mais alto, freqüentemente se beneficiam de psicoterapia e educação especial. Fonoterapia é iniciada precocemente bem como a terapia ocupacional e a fisioterapia. A linguagem dos sinais às vezes é utilizada para a comunicação com crianças mudas, embora seus benefícios sejam desconhecidos. Terapia comportamental pode ajudar crianças severamente autistas a se controlarem em casa e na escola. Essa terapia é útil quando uma criança autista testar a paciência de até mesmo os pais mais amorosos e os professores mais dedicados. Lista de Checagem do Autismo A lista serve como orientação para o diagnóstico. Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas. Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade.